Projeto "Nós propomos!"
No âmbito da disciplina de Geografia A do 11ºD, a professora Anabella Vaz deu-nos a tarefa de investigarmos as coisas boas e más da nossa cidade. Esta atividade está envolvida no projeto "Nós propomos!".
Este projeto dirige-se aos professores e alunos de Geografia A, do 11º ano, de escolas públicas ou privadas de todo o país. No âmbito do "Estudo do Caso" daquele nível de ensino e tendo em vista a promoção de uma ativa cidadania territorial, o projeto visa mobilizar os alunos para a identificação das principais orientações do PDM e a apresentação de propostas de intervenção no bairro, localidade e/ou município, que visem um desenvolvimento local sustentável.Por último, este trabalho foi realizado por:
Cátia Agostinho, Joana Rodrigues, Leila Coelho, Maria Neves e Mélanie Mulkens
Caracterização do território
O concelho
de Faro situa-se no Sul de Portugal, na zona central da região NUTS
II Algarve, junto ao litoral. É atravessado por um troço da Via do
Infante (A22) e pela Estrada Nacional 125, que o cruzam paralelamente
à costa. A Via do Infante é, igualmente, o principal acesso à A2,
que liga a região do Algarve à capital do país, Lisboa, num
percurso de aproximadamente 300 quilómetros, correspondentes a cerca
de 3 horas de viagem.
Este concelho agrega seis freguesias. São Pedro, Sé e Montenegro são consideradas urbanas; Santa Bárbara de Nexe e Conceição medianamente urbanas e Estoi é a única que se enquadra como predominantemente rural.
Este
concelho é limitado a Norte e a Oeste pelo município de S. Brás de
Alportel, a Leste por Olhão, a Oeste por Loulé e a Sul tem a costa
no oceano Atlântico. A cidade constitui, através do aeroporto de
Faro, a segunda maior entrada externa do país, conferindo-lhe um
cunho vincadamente cosmopolita.
Este concelho agrega seis freguesias. São Pedro, Sé e Montenegro são consideradas urbanas; Santa Bárbara de Nexe e Conceição medianamente urbanas e Estoi é a única que se enquadra como predominantemente rural.
A
Ria Formosa é considerada, apesar dos seus problemas, uma das mais
bonitas riquezas naturais do Algarve derivado aos inúmeros
ecossistemas e pela sua localização.
O
município de Faro é administrado por uma câmara municipal composta
por 9 vereadores. Existe uma Assembleia Municipal, que é o órgão
legislativo de município, constituída por 33 deputados, dos quais
27 eleitos diretamente.
O
cargo de Presidente da Câmara Municipal é, atualmente, ocupado por
Macário Correia, eleito nas eleições autárquicas de 2009.
Identificação dos problemas
Considerando
os dados recolhidos e analisados após a aplicação de instrumentos
de análise, o território mais pontuado e selecionado para
intervenção é o de Faro-Cidade.
Para além dos problemas que serão falados, claro que existem outros problemas como a exclusão social ou a degradação do centro histórico
- falta de requalificação de algumas estradas e ruas e as que, na sua opinião, mereciam requalificação são a estrada de S. Brás de Alportel, situada à entrada de Faro, a Rua Dr. José de Matos e a EN125;
- a descomercialização da baixa de Faro, incluindo o abandono do Atrium Faro;
- a insegurança na cidade relacionado, também, com os "arrumadores de carros" e a criminalidade juvenil;
- a existência de parques pagos.
Inquéritos
No
âmbito da disciplina de Geografia A, foi pedido aos alunos que
descobrissem o melhor e o pior da cidade de Faro. Assim, nós pedimos
à população que respondesse a um pequeno inquérito sobre alguns
problemas da nossa cidade.
As estradas
Soluções
- colocarem "tapetes" de alcatrão novos em todas as estradas;
- maior preocupação com a manutenção na altura da chuva;
- criar uma circulação externa à cidade para retirar trânsito nas horas de ponta;
- maior número de lombas para reduzir a velocidade;
- os presidentes das câmaras deveriam entrar em acordo com as respetivas juntas para que houvesse conformidade de opiniões e de quem deve arrecadar com os custos.
A mobilidade
Segundo
a entrevista que nos foi dada pela Engenheira Elisabete Lemos, a
Câmara Municipal é responsável por algumas estradas, excepto pelas
estradas nacionais 125 10, a nacional nº2 (São Brás de Alportel) e
Olhão – EN 125.
Para
além da nossa cidade não ter muitos acessos, a Engenheira diz que
não há disponibilidade financeira para melhorar as estradas e os
principais acessos à cidade de Faro são as estradas mais
problemáticas.
À pergunta "como lhe parece que poderia ser melhorada a circulação de trânsito?", a resposta que nos foi dada foi com a criação de mais transportes públicos (que já está a decorrer). Conclui ainda que os parquímetros são "um mal necessário", mas que melhoraram a mobilidade e o espaço público.
Em relação à descomercialização...
Relativamente
à pergunta se a população notava diminuição de frequentadores na
baixa de Faro, esta respondeu que sim (100%). Quanto à pergunta do
porquê da população estar a apostar mais nas grandes superfícies,
56% respondeu que era por ter uma maior acessibilidade e os restantes
44% por ter uma maior diversidade de serviços.
Decidimos
ainda perguntar à população se achava que o comércio chinês
contribua para a má aparência da nossa cidade e 61% respondeu que
sim, tendo os restantes 39% respondido que não.
Soluções
- promover o comércio tradicional;
- que se estabeleça uma regulamentação específica que defina o máximo de estabelecimentos, a sua distribuição e horários;
- fazer publicidade da nossa baixa;
- deveria ser proibido a implementação de lojas chinesas dentro da cidade;
- apostar em atividades de lazer na baixa e eventos sociais;
- criar parques não pagos;
- existir um maior controlo na atribuição de licenças de abertura para mais diversidade na baixa;
Relativamente aos parques pagos...
Soluções
- a criação de espaços de parqueamento automóvel gratuito na zona de comércio;
- o retiro de alguns parquímetros;
- fazer preços mais razoáveis por cada hora.
A insegurança
Quanto
à criminalidade juvenil, acredita-se que seja também
pela existência de zonas na cidade, nomeadamente perto de bairros
sociais, onde os jovens se encontram e praticam atos como furtos,
roubos a estabelecimentos, no interior de veículos, carteiras... Os
jovens delinquentes revelam absentismo escolar, toxicodependência,
alcoolismo, tráfico, entre outros.
A população mostra-se
descontente com o patrulhamento e com a insegurança que a nossa
cidade apresenta e, quanto à existência do aproveitamento dos
arrumadores de carros, estes intimidam a população e esta poderá
não estacionar os seus veículos onde os arrumadores se encontram,
facto que foi negado pelo Comandante da PSP de Faro que, como opinião
pessoal e profissional, garante que a cidade de Faro é uma cidade
segura.
Conclusões:
- A baixa de Faro está a regredir, a envelhecer e está num processo de desvitalização contínua devido aos parquímetros em excesso e à existência de novas centralidades que se encontram na periferia e onde existem grandes superfícies comerciais que oferecem multisserviços, segurança e parques das mesmas que são gratuitos.
- Em relação à segurança da cidade, proponhamos apenas mais ações de patrulhamento ao longo de toda a cidade e respetivas periferias, pois a população sente-se segura ao ver os agentes, como nos foi dito nas entrevistas à população.
- No que toca à mobilidade na cidade e ao estado do piso viário, notamos grande "desculpabilização" das entidades. Da entrevista que nos foi cedida pela Engenheira do gabinete de mobilidade de Faro, pouco podemos aproveitar e as respostas às nossas perguntas foram algo "vagas". A Dr. para o problema da hora de ponta sugeriu apenas que a população utilizasse mais os transportes públicos, mas nós propomos que acabem a quarta entrada da cidade que está parada, graças mais uma vez à chamada crise, e tudo isto é um baixar de braços que a população encara com muito desagrado. Propomos que os desempregados da região da área da construção civil sejam recrutados para o acabament0 desta via necessária para o "desentupimento" da cidade nas horas de mais trânsito.
- Foi-nos dito que muitas estradas não eram da responsabilidade da câmara, mas sim das Estradas de Portugal, e tudo isto parece um jogo de "pingue-pongue". O estado degradado das estradas preocupa e enerva a população.
- Para que todos estes projetos vão avante, tem de existir uma boa gestão dos dinheiros municipais, o que não tem acontecido a nível municipal.
- Para concluir, nós propomos trabalho, inovação, eficácia, bom censo e, acima de tudo, que se oiça a população.
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